Quais equipamentos AV consomem mais energia

            A edição de dezembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL traz uma reportagem especial sobre a questão energética e como as novas medidas para reduzir o consumo, a exemplo da bandeira tarifária, afetam os equipamentos residenciais.

Todo mundo sabe que aparelhos como refrigeradores, chuveiros, ar-condicionado e motores elétricos em geral são os grandes vilões no consumo. E não é novidade que os modelos mais recentes vêm equipados com recursos que diminuem a quantidade de energia necessária para seu bom funcionamento.

Mas, além de analisar a crise energética (que é mundial) e como as autoridades estão tratando esse problema, a reportagem analisa os recursos de automação que permitem monitorar o consumo de cada aparelho. Com sensores e medidores inteligentes, o próprio usuário pode gerenciar o que gasta de energia e, assim, reduzir sua conta de luz mensal.

São cada vez mais acessíveis dispositivos como lâmpadas de led que se comunicam com a rede Wi-Fi da residência; tomadas smart com sensores que medem em tempo real o consumo dos aparelhos (e até desligam automaticamente os que estejam gastando demais); luzes e cortinas elétricas que só acendem – ou se abrem – quando há necessidade, combinando com a entrada de luz natural no ambiente.

Esse tipo de solução vem caindo de preço, embora sua utilização seja mais recomendada quando se tem um projeto para a casa toda. Para evitar desperdício, gastos desnecessários e acidentes, é sempre mais seguro contar com assessoria de um profissional especializado (veja neste site uma lista de alguns).

Para complementar a reportagem da revista (que pode ser baixada aqui), nossa equipe analisou mais detalhadamente o consumo dos aparelhos de áudio/vídeo. Embora sejam valores inferiores aos dos eletrodomésticos em geral, verificamos que alguns modelos de TV, por exemplo, consomem bem mais do que outros.

Os números – especificados em Watts (W) – são mais altos nos aparelhos que exigem amplificação mais robusta, como receivers e amplificadores. Geralmente, os fabricantes indicam o consumo máximo nos manuais de instrução, mas durante nossos testes avaliamos o consumo médio registrado durante horas de operação contínua – e os valores podem ficar bem abaixo. Veja a tabela:

É importante observar que o uso da amplificação Classe D, cada vez mais comum, reduz significativamente o consumo de energia (veja aqui reportagem que fizemos a respeito em setembro último). Utilizada em praticamente todos os aparelhos de pequeno porte – smart speakers, soundbars, consoles de videogame – a Classe D vem sendo adotada também em dispositivos de alta potência como este:

A maior vantagem desses aparelhos é reduzir as perdas de energia na forma de calor. Equipamentos tradicionais (Classe AB) esquentam demais e grande parte da corrente elétrica utilizada acaba se perdendo. Daí por que, para quem se preocupa com o consumo de energia em sua casa, é altamente recomendável utilizar aparelhos Classe D em lugar dos tradicionais.

A corrente elétrica dos aparelhos está diretamente ligada à potência de áudio. Graves e agudos bem reproduzidos demandam muito mais energia, inclusive com sobras de corrente para os momentos de pico, como solos de guitarra e violino, pratos da bateria ou a reprodução precisa das notas do contrabaixo.

Nos filmes, o envolvimento nos efeitos sonoros – roncos de motores, rugidos de dinossauros, choques de veículos – só pode ser obtido com equipamentos de alta potência.

Mais motivos, portanto, para monitorar bem a energia que seus equipamentos consomem. A menos que você não esteja preocupado com sua conta de luz.

Temas relacionados: 

5 tendências no segmento de Home Theater 

Savant anuncia investimento em automação com energia limpa 

Teste: condicionador de energia Savage SDA3000 

Medidor de energia e água envia alertas via automação

(C) 2021 – Revista Home Theater & Casa Digital