O conceito de áudio imersivo surgiu para ampliar a sensação de envolvimento assistindo a um filme. Começou nos cinemas e logo foi adotado em equipamentos residenciais (inicialmente apenas receivers), tornando mais envolvente a experiência do home theater.
O padrão Atmos, lançado pela Dolby em 2012, foi o maior responsável pela popularização do áudio imersivo. Hoje, essa tecnologia pode ser encontrada em TVs, soundbars, amplificadores, videogames e até fones de ouvido.
Além disso, a oferta de produções em Dolby Atmos, que era incipiente doze anos atrás, se expandiu para além dos filmes, chegando às séries do streaming, vídeos de shows e até alguns eventos ao vivo, como Rock in Rio e Lollapalooza.

com 4 caixas embutidas no teto.
Quem tem acesso a conteúdos com áudio imersivo encontra uma experiência bem diferente da convencional. A trilha musical e os efeitos sonoros do filme não vêm apenas da TV e das caixas acústicas frontais. Podem vir das laterais, de trás do espectador e do teto, preenchendo totalmente o ambiente.
O resultado é um envolvimento pleno. O ouvinte se sente literalmente “cercado” pelos sons e, em alguns casos, tem a sensação de estar ele próprio participando da cena (veja um exemplo neste vídeo). Veja as opções (clique nas marcas para ver mais detalhes):
Neste link, a explicação técnica detalhada pela Dolby Labs.
O que é preciso para ter Dolby Atmos em casa
Já existe uma boa quantidade de filmes e séries nas plataformas de streaming trazendo áudio Dolby Atmos. Há ainda a opção dos discos Blu-ray importados, que podem ser encontrados em lojas online.
Mas antes de procurar os conteúdos é preciso montar o equipamento adequado para poder aproveitar todos os benefícios do áudio imersivo.
1.TV com Dolby Atmos
Embora muitas TVs venham com esse item na sua ficha técnica, na prática são poucas as que oferecem (mesmo) o padrão da Dolby. Antes de escolher, verifique a especificação dos canais de áudio. Atmos exige pelo menos dois canais aéreos, representados por um terceiro algarismo na descrição: 5.1.2, 7.1.2, 9.2.2 e assim por diante. O “2” no final indica áudio imersivo.
Principais marcas: Samsung, LG, TCL e Hisense.
2.Receiver
Tecnicamente, essa é a melhor opção para explorar as vantagens do padrão Atmos. Este exige boa potência para preencher todo o ambiente, algo impossível numa TV. Além disso, o receiver traz saídas separadas para conectar as caixas acústicas que irão reproduzir os efeitos de imersão. E essas caixas são muito mais eficientes que os falantes de uma TV. Para um ambiente de 30m2, prefira receivers com potência de pelo menos 60W em cada canal.
Principais marcas: JBL, Marantz, Yamaha, Anthem e Integra.
Obs.: junto com o receiver, é necessário instalar um sistema de pelo menos 7 caixas acústicas compatíveis com a potência do receiver. Duas delas devem ficar embutidas no teto, 3 junto à TV e 2 nas paredes laterais ou atrás do sofá. Para maior impacto nos efeitos sonoros, é fundamental ter ainda um subwoofer.
Principais marcas: AAT, B&W, Focal, JBL e Triad.
3.Soundbar
Alternativa mais prática ao receiver, já que integra todos os alto-falantes em lugar das caixas separadas. A instalação também é mais simples: um único cabo HDMI liga a soundbar à TV, que pode ficar com o volume no nível mínimo. Todos os sons passam a ser emitidos pela soundbar, que possui um processador Atmos interno. No entanto, tecnicamente é uma solução bem mais limitada. O processador utiliza software para fazer uma “simulação de imersão”, refletindo os sons no teto e nas paredes. Para ter uma sensação mais envolvente, prefira as soundbars top de linha.
Principais marcas: AAT, B&W, JBL, LG, Samsung e Yamaha.
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