Testamos uma caixa digital sem fio, com design vintage

04/11/2025

Nos últimos anos, a JBL tem ampliado sua linha de caixas acústicas ativas wireless com design vintage, relembrando os icônicos modelos da marca (veja o teste da Authentics 500). Em seu diferente formato horizontal arredondado, o modelo L42ms parece muito bem projetado.

Disponível nos acabamentos preto e nogueira natural, o gabinete possui grade curva, de fixação magnética e em espuma Quadrex – assim como a famosa caixa L100 MKII (foto) – clássico dos anos 1970 relançado em 2022 (detalhes aqui). Hoje, uma JBL similar já é um “sistema integrado de música”, que é como descreve o fabricante.

A começar pela potência: um amplificador Classe D interno de 4 canais, sendo 75Wx2 para os midwoofers de 4″ com cone Pure Pulp (papel e polímero) e 25Wx2 nos tweeters domo de alumínio com 0,75″.

Aplicativo ou controle remoto

Outro avanço são as conexões digitais sem fio, incluindo HDMI ARC, Wi-Fi, Chromecast, AirPlay 2, Bluetooth e até SmartThings – o protocolo de rede e automação da Samsung, que é dona da JBL. Há também entradas analógicas e saída para subwoofer com corte em frequência de 80Hz.

O app JBL Premium Audio (foto) é imprescindível na configuração Wi-Fi da L42ms, dando acesso aos serviços Spotify, Amazon Music e Qobuz, além de rádios e podcasts online de todo o mundo. Mesmo ausente no app, o Tidal Connect também pode ser usado nessa caixa, permitindo streaming direto de música sem perda (lossless), embora apenas com qualidade de CD (44kHz/16-bit).

O controle remoto Bluetooth que vem com a caixa JBL é muito simples, e raras vezes foi usado em nossos testes. A L42ms é realmente muito fácil de operar, com poucas teclas de reprodução sinalizadas por led no topo do gabinete. Liga-se assim que começa a transmissão por streaming e entra em standby na ausência de sinal.

Avaliação: quase como um par de bookshelf

Levamos a caixa JBL para quase todos os ambientes da casa e sua potência foi melhor aproveitada em espaços restritos (até 15m2), como quarto e escritório. Raras vezes foi necessário abrir o volume no máximo. No geral, o som preencheu bem esses ambientes, independente do gênero musical, sem distorções perceptíveis.

Na traseira da caixa, há um ajuste fixo de baixas frequências (-3dB, 0dB) para dosar o reforço de graves ao posicioná-la em nicho de móvel ou canto de parede. Não é uma caixa para se ouvir em alto volume; para essa finalidade, a JBL oferece diversos modelos (confira).

Como o projeto da L42ms foi concebido para ser um sistema de áudio de duas vias em cada lado do gabinete, inclusive com seus respectivos dutos de ar, na prática é como estar diante de um par de bookshelf ultracompactas.

Usando como soundbar

Seu desenho horizontal, com defletor ligeiramente angulado, possibilita uma imagem estéreo convincente em até 1,5m de distância. Essa característica ficou bem evidente com o britânico Seal – e seu backing vocals – cantando Kiss From a Rose. Só não foi possível um palco sonoro 3D mais amplo e preciso, devido às limitações físicas da caixa.

Também utilizamos a L42ms como soundbar. Mesmo sem processamento simulando Dolby Atmos, seu som estéreo via HDMI ARC nem precisou de muito volume para “dar um banho” no áudio vindo da TV.

Decidimos conectar à caixa nosso sub de referência (B&W ASW610) para analisar a trilha de Meu Malvado Favorito 4. A L42ms ofereceu diálogos nítidos e som potente, em meio a efeitos tão impactantes quanto uma poderosa soundbar – e com a profundidade de graves que desejávamos.