Os dados mais recentes do IBGE, que fazem parte da última PNAD Contínua (pesquisa de amostragem por domicílio) são animadores para o segmento de tecnologia. Vem aumentando ano a ano o percentual de residências que:
a) têm TVs smart
b) acessam regularmente serviços de streaming
c) possuem pelo menos um dispositivo que pode ser considerado “smart”.
Como publicamos aqui, com TV em mais de 90% das casas é natural que o brasileiro seja cada vez mais exposto aos avanços tecnológicos – embora, para muitos, as barreiras financeiras ainda sejam difíceis de superar. Mas é interessante observar como cresce o setor de automação residencial, puxado pela expansão imobiliária e pela fascinação que os brasileiros têm por tecnologia em geral.
Alexa, luzes Wi-Fi e robôs caseiros
Os dados mostram que, em 2023, eram 11,6 milhões os domicílios com algum tipo de aparelho smart: caixa acústica Bluetooth, assistente de voz, câmera de segurança, luzes Wi-Fi, ar-condicionado, robô-aspirador etc. Isso representava 15,5% do total de lares com internet. Em 2024, esses números subiram para 13,5 milhões e 16,4%, respectivamente.
Sem dúvida, o sucesso de produtos como Alexa e smartphones recheados de recursos tem enorme peso nessas estatísticas. Aliás, há pouco menos de um ano (vejam aqui) havia pesquisas mostrando que uma coisa puxa a outra. Ou seja, alguém da família adquire um item pessoal, que desperta o interesse de familiares e amigos. Ao perceberem os benefícios, todos se tornam mais propensos a investir em outros dispositivos inteligentes.
Num artigo de abril último publicado no site Exame, o diretor executivo da Elgin, Marcelo Serafim, citava a previsão de crescimento anual entre 9% e 11% até 2030 para o segmento de Casas Inteligentes. Segundo ele, tem a ver com a expansão do 5G no país, a busca por eficiência energética e a maior oferta de dispositivos smart (a própria Elgin é uma das fabricantes).
Pode-se acrescentar que muitas TVs hoje estão saindo com recursos para agregar dispositivos diversos, via plataformas como SmartThings (da Samsung), ThinQ (LG) e o próprio Google TV, como mostra esta outra reportagem. Tudo isso junto e misturado produz um caldo que faz acreditar nas previsões do parágrafo anterior.