AS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO
(The Four Seasons, 2025)
Gênero: comédia dramática (1 temporadas, 8 episódios)
Onde assistir: Netflix (trailer)
Alan Alda, ainda ativo aos 89 anos (esteve recentemente na série Ray Donovan, disponível no Paramount+), já tinha uma carreira consolidada como ator nos anos 70, quando começou a mostrar que também sabia escrever roteiros e dirigir filmes.
Em 1981, ele criou uma interessante comédia dramática (As 4 Estações do Ano, no Apple TV+) sobre a longa amizade entre três casais, com amores, alegrias, desilusões e momentos amargos.
Tudo isso é revisitado na nova versão do roteiro original de Alda, nessa produção assinada por Tina Fey, responsável pela premiada série Um Maluco na TV (30 Rock). O novo roteiro mostra momentos decisivos dos três casais, a cada nova estação do ano: Steve Carrell & Kerry Kenney, Tina Fey & Will Forte, Colman Domingo & o italiano Marco Calvani.
A história original foi bem adaptada por Tina, que incluiu uma participação especial do próprio Alan Alda. É uma comédia moderna, que fala sobre relacionamentos ao longo de muitos anos, de amizade a paixões sem limites.
MORRENDO POR SEXO
(Dying for Sex, 2025)
Gênero: drama (1 temporadaa, 8 episódios)
Onde assistir: Disney+ (trailer)
A história é real: Molly acabou de receber de seu médico uma notícia que não poderia ser mais tenebrosa. Com câncer de mama em estágio avançado, ela tem pouco tempo de vida!
Molly decide então fazer uma limonada diferente com o limão que o destino lhe dera. Acaba com um casamento de 15 anos e parte para uma autodescoberta do próprio corpo. Nessa jornada, conta com uma amiga de longa data, Nikki, que a ajuda a descobrir o sexo sem restrições nem tabus.
A verdadeira Molly descobriu o câncer em 2011 e conviveu com a doença até 2019, quando faleceu. Sua trajetória foi toda registrada por Nikky, que produziu um podcast sobre os momentos especiais vividos pela amiga. O roteiro da série se baseia nesses relatos.
Molly é interpretada por Michelle Williams, cinco vezes indicada ao Oscar de Melhor Atriz; veja, por exemplo, Os Fabelmans (Globoplay) e Sete Dias com Marilyn, no Prime Video. Já o papel da amiga Nikky é de Jenny Slate, de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Max ou Prime Video).
É uma minissérie que não se esconde no humor fácil, ousada mas sem exageros.
SEUS AMIGOS E VIZINHOS
(Your Friends and Neighbors, 2025)
Gênero: comédia (1 temporada, 8 episódios)
Onde assistir: Apple TV+ (trailer)
Um roteiro bem sacado dá a oportunidade para Jon Hamm, o premiado ator de Mad Men (Netflix), mais uma vez exibir seu talento para personagens cômicos. Como, aliás, já havia feito como o “deus” da produção inglesa Bons Presságios (Good Omens, no Prime Video).
Aqui, Hamm interpreta Cooper, um executivo de Wall Street que é demitido injustamente. Sua vida pessoal já não ia bem e agora o dinheiro está acabando, situação a que ele não está acostumado. A saída acontece por acaso, quando numa festa ele descobre uma gaveta cheia de dinheiro.
Cooper então começa a pensar que outros vizinhos também podem ter esse tipo de “coleção” em casa. Seu plano é roubar dos ricos para dar ao pobre que ele conhece bem: ele mesmo! Tudo corria bem até ele invadir a casa da pessoa errada.
É uma clássica comédia de erros, curiosamente a primeira série estrelada por Hamm na Apple TV+, após sua participação em The Morning Show. A curiosidade vem de que Hamm fez um comercial para a Apple, brincando com o fato de não ser convidado para trabalhar lá. Desejo realizado e premiado: o comercial ganhou o Emmy.
LONG BRIGHT RIVER (2025)
Gênero: drama policial (1 temporada, 8 episódios)
Onde assistir: Max (trailer)
A jornalista e escritora americana Liz Moore sabe lidar com um dos dramas básicos do ser humano: a perda. Seja de uma paixão, de um ente querido ou da perspectiva de uma vida melhor.
Todas essas emoções estão passando na cabeça da policial Mickey, diante da possibilidade de perder a irmã caçula Kacey, moradora de rua e viciada em drogas.
Após tirá-la várias vezes das ruas, Mickey recebe chamado sobre um corpo encontrado numa linha de trem em Filadélfia. Para seu alívio, o corpo encontrado não é de Kacey, mas de outra jovem que vendia seu corpo para alimentar o vício.
Mickey então se envolve numa busca pelos responsáveis por outras mortes. E assim começa uma investigação policial, que tem como cenário as ruas deterioradas de uma das principais cidades dos EUA.
Mas a série vai além, reconstruindo o passado das duas irmãs em meio à violência do presente, numa bela adaptação do livro de Lyz Moore, que saiu no Brasil com o título “Longo e Claro Rio”. A série é estrelada por Amanda Seyfried, que fez sucesso em The Dropout (2022, Disney+).
ZORRO, COM JEAN DUJARDIN
(Zorro, 2024)
Gênero: aventura (1 temporadas, 8 episódios)
Onde assistir: Paramount+ (trailer)
Nada mais clássico que o personagem criado por Johnston McCulley em 1919, no livro “A Maldição de Capistrano”, também conhecido como “A Marca do Zorro”.
Após passar pelo cinema mudo com Douglas Fairbanks (1920), e dar fama ao galã Tyrone Power (1941), o personagem se consagrou mesmo na TV, nos anos 1950, com o seriado produzido pela Disney e estrelado por Guy Williams. Crianças e adolescentes da época vibravam com as trapalhadas do Sargento Garcia – disponíveis, aliás, no Disney+ (aqui, alguns trechos).
O cinema adaptou a história várias vezes ao longo dos anos. Até Steven Spielberg convocou um elenco de estrelas em 1998 – Antonio Banderas (no papel do herói), Anthony Hopkins e Catherine Zeta-Jones – para produzir A Máscara do Zorro, que está no Netflix (aqui, o trailer).
A versão mais recente é esta, estrelada pelo francês Jean Dujardin, vencedor do Oscar pelo filme O Artista (Apple TV+). Ele mostra seus dons de capa e espada, numa versão mais madura do herói. Mais de vinte anos após abandonar a máscara do herói, e com o crime crescendo em Los Angeles, Don Diego de La Vega sente-se no dever de vestir novamente a capa do justiceiro.
Com roteiro bem-humorado e mantendo o tom de aventura, a série traz o gênero para o público do século 21, com uma história divertida, mas sem cair no riso fácil. Além de fazer um Zorro com estilo clássico, Dujardin lembra o saudoso Guy Williams, pelo bom humor e o tom jovial.
