Uma das polêmicas mais antigas do mercado de consumo é sobre a durabilidade dos aparelhos eletrônicos. Difícil saber, por exemplo, quanto tempo vai durar a TV que você acabou de comprar. Tenho até hoje uma Sony de tubo adquirida em 1998 – e funcionando, embora sem utilidade prática. Idem um receiver Technics Dolby Pro Logic que ganhei na mesma época. Mas, claro, essa não é a regra. Há no ar a suspeita de que a obsolescência dos eletrônicos vem sendo acelerada propositalmente pela indústria, o que é dificílimo de comprovar.
Para quem se interessa pelo tema, um trabalho inédito do site canadense Rtings.com, especialista em avaliação de equipamentos eletrônicos, vale a pena ser conferido. Em março do ano passado, eles começaram a coletar dados sobre o desempenho de TVs 4K das principais marcas. Já foram analisados mais de 100 TVs e monitores que, segundo o site, foram adquiridos logo após o lançamento comercial e permanecem em avaliação nos laboratórios da empresa.
O objetivo é aferir, ao longo do tempo, a velocidade do desgaste das telas e sua vida útil após anos de uso contínuo. A cada dois meses, são realizados testes para checar se houve alterações em quesitos como brilho, contraste, uniformidade e preservação das cores. Em TVs OLED, por exemplo, é dada maior atenção à questão do burn-in, que provoca retenção dos pixels em cenas estáticas – a conclusão até agora é que o problema é mais acentuado nas TVs lançadas antes de 2022, embora em alguns casos a retenção seja apenas temporária.
O melhor é que o site – que não aceita publicidade e diz sobreviver apenas da venda de assinaturas – publica todos os testes, inclusive com fotos que permitem ver o nível de deterioração das telas a cada bimestre. Para ver os resultados, este é o link.