“A educação irá colocar mais foco no ensino à distância”.

“As grandes empresas e órgãos governamentais irão melhorar seus serviços internos de teleconferência, assimilando as lições aprendidas durante a COVID-19”.

“As médias e pequenas irão desenvolver estratégias para implementar e gerenciar mais opções de trabalho à distância”. 

“O aprendizado presencial será combinado, e as aulas serão gravadas em vídeos curtos, restando mais tempo para debates, seja pessoalmente ou on-line”.

São frases colhidas numa das pesquisas que a AVIXA vem promovendo com profissionais do mercado AV. Como se nota, trabalho remoto é a bola da vez, embora o conceito de home office não seja o mesmo para todo mundo. Não deixa de ser um fenômeno interessante: tendo que passar mais tempo em casa, as pessoas se dão conta de que precisam estudar, participar de treinamentos, cursos online, caso contrário podem ser passadas para trás quando a atividade for retomada.

Pensando bem, essa quarentena pode não ter sido uma ideia de todo ruim, ainda que forçada pelas circunstâncias. Com tantas ferramentas tecnológicas, só mesmo sendo muito preguiçoso para não aprender. O que nos leva à questão da educação, eterno problema brasileiro. Li ontem esta frase do economista Ricardo Amorim: “Acesso a informação já foi grande vantagem competitiva. Não é mais. Hoje, informação está disponível. Já a capacidade de interpretar informação e formar opiniões embasadas e não viesadas continua escassa. Valioso é saber transformar informações em boas análises, estratégias e ações”.

Bingo! Interpretar as informações para formar opiniões bem embasadas. Não ser “gado”, para usar uma expressão infelizmente da moda. É esse tipo de profissional que as empresas buscam, como detalha neste vídeo o CEO da rede Ânima Educação, Daniel Castanho: “Se toda a informação está de graça na internet”, pergunta ele, “por que você vai à escola? Para desenvolver outras habilidades, como disciplina, autoaprendizado, capacidade de fazer perguntas e buscas”.

A Ânima é hoje uma das maiores redes de ensino do país, escorada em grande parte do ensino a distância (EAD). Mas Castanho defende a combinação adequada de atividades online e presenciais, com muita tecnologia, e tendo sempre o professor como centro das ações. E aposta que a escola nunca mais será a mesma depois dessa pandemia. “Acabou o delivery de conteúdo. Todos vamos ter que repensar os conceitos de lugar, tempo e espaço. Uma live, embora seja considerada EAD, pode ser muito mais próxima do estudante do que uma palestra com 5 mil pessoas”. 

Mais do que recomendo assistir a esse vídeo.

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