Não deixa de ser curioso que, após tantos anos evoluindo com as mãos para acionar seus aparelhos, o ser humano esteja chegando à conclusão de que melhor mesmo é usar a própria voz. É o que vemos reafirmado aqui em Las Vegas, com a onipresença de Google e Amazon a bordo de seus assistentes virtuais.

Pela primeira vez, as duas gigantes montaram espaços de respeito no Las Vegas Convention Center, embora nada comparável aos estandes de uma Samsung ou LG, por exemplo. Mas nem precisava: percorrendo os pavilhões, quase toda demonstração utilizava Alexa ou Assistant, ou ambos.

Mesmo a Samsung, que desenvolveu seu próprio assistente de voz (Bixby), não abre mão das duas plataformas que hoje dominam o segmento. No Brasil, ainda não temos noção do impacto dessa novidade porque os assistentes só falam inglês. Mas as informações que circularam esta semana em Las Vegas indicam que, ainda no primeiro semestre, um deles – provavelmente o Google Assistant – estará falando português (na foto, a nova soundbar LG compatível).

A lista de produtos e serviços que vão se agregando à plataforma não cabe neste espaço (aqui, algumas pistas), a começar dos TVs Android, que no Brasil são comercializados por TCL, Sony e Philips. Quando o assistente falar o nosso idioma, certamente o interesse irá explodir. Mas já se pode afirmar que nenhum setor escapará: a Google está abrindo suas portas para parcerias com fabricantes de todo tipo, dentro de um programa chamado Assistant Connect. Já são mais de 1.600 marcas, com cerca de 10 mil dispositivos – de máquinas de café a câmeras de segurança – que podem ser acionados por um singelo “Hey Google”.

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