GERENCIAMENTO DE EDIFÍCIOS COM SUPORTE DE ÁUDIO E VÍDEO


15 de outubro de 2018

Por Steve Greenblatt*

O conceito de edifício inteligente envolve detalhes que os integradores de áudio e vídeo conhecem bem. Muitos deles já sabem como combinar aparelhos de marcas e especificações diferentes, fazendo-os se comunicar para atender a determinadas finalidades. Como num projeto de menor porte, o essencial num edifício smart é definir corretamente as necessidades e ter em mente os benefícios esperados pelo proprietário e seus usuários.

Um prédio só pode ser considerado “inteligente” quando essas pessoas identificam claramente o valor agregado pelo projeto, seja em termos de segurança, praticidade, consumo de energia ou o custo total de manutenção. São vários subsistemas funcionando de forma integrada e gerenciável: luzes, controles de acesso, câmeras de segurança, sinalização, ar condicionado, alarmes, sistemas de emergência e (cada vez mais) meios eficientes de controle da energia consumida.

Cada subsistema possui seus próprios sensores, controles, interfaces de acionamento e programação. Para haver a integração adequada, é necessário garantir a troca de informações, definindo previamente quais tipos de dados podem ser compartilhados e especificando como se dará essa comunicação. Nesse ponto, é fundamental a participação de um especialista em sistemas de controle predial, inclusive para implantação do chamado middleware, um tipo de software que atua como “tradutor” dos protocolos utilizados no edifício.

Como a maioria dos dispositivos atuais, os subsistemas de um edifício podem ser configurados utilizando ferramentas de programação definidas por um fabricante específico. Seja na forma de APIs ou de protocolos dedicados, é necessário definir os tipos de dados, ou as instruções de programação que irão permitir controle externo de cada subsistema. Isso naturalmente deve ser baseado nos objetivos e necessidades dos usuários do prédio, ou do administrador.

 

QUAL É O PAPEL DO SISTEMA AV?

Sistemas de controle de áudio e vídeo são perfeitos para o gerenciamento de edifícios porque oferecem aos usuários extrema facilidade de acionamento. A interação é direta, o que agiliza a tomada de decisões. Com uma interface AV, consegue-se monitorar facilmente aspectos como ocupação de salas, dispositivos sendo utilizados em cada área do prédio e acompanhamento em tempo real das necessidades dos usuários.

Um bom exemplo é quando o sistema de áudio/vídeo está sendo usado para uma apresentação. Geralmente, antes da reunião são feitos os ajustes de temperatura e iluminação (intensidade das luzes, abertura ou não das cortinas); o setup pode determinar que, ao se desligar o sistema AV, sejam desativados esses outros dispositivos. Muitos sistemas de gerenciamento atuais já incluem recursos de reserva de salas, de tal modo que, se há outra reunião prevista para dali a alguns minutos, a sala pode ser automaticamente deixada em standby.

Para completar o que consideramos um bom sistema de gerenciamento predial, é importante pensar num painel de controle eficiente. Essa tela permite monitorar o status de todos os sistemas e subsistemas, de tal forma que seja possível fazer ajustes a qualquer momento, se necessário. Existem paineis padronizados, mas o ideal é que o projetista customize a interface de acordo com as rotinas do edifício. Esse software não pode jamais ficar limitado a um tipo de sistema ou aplicação, mas sim promover a integração amigável de todos os itens da rede.

Embora se saiba que os sistemas de gerenciamento predial têm funcionado há muito tempo sem os recursos AV, é exatamente essa integração que faz a diferença hoje em dia. Ela contribui para tornar o edifício realmente smart, agregando valor e proporcionando melhores experiências aos usuários.

*Steve Greenblatt, CTS, é presidente da Control Concepts, provedora de software e serviços para o segmento audiovisual. O artigo foi publicado originalmente no site AV Network. Clique para ver na íntegra.

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